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2016-04-12 - Análise de água para agricultura

A importância da análise da água da calda na eficiência das pulverizações

Diversos fatores influencia na qualidade das aplicações de defensivos: temperatura, luz, ventos, umidade do ar, umidade do solo, tipo de equipamento, regulagem do implemento e dos bicos de pulverização e a água para a diluição.

Tem-se notado uma diminuição na eficiência da ação dos defensivos obre os agentes causadores de danos nas culturas, muitas vezes a causa disso é a utilização incorreta e sem critérios dos defensivos, a falta de informação entre operadores a respeito da tecnologia de aplicação, principalmente no que se refere à qualidade de água utilizada para pulverização agrícola.

Na agricultura, a água utilizada para a preparação da calda de pulverização, que será utilizada na aplicação de defensivos, pode não preservar a integridade destes produtos, em decorrência de inadequação das características físico-químicas da água, o que diminui a atividade dos princípios ativos.

Muito se tem discutido atualmente sobre a qualidade química da água utilizada nas pulverizações, principalmente com relação à acidez e alcalinidade, representados pelo pH.

A água de rios com elevados teores de argila, por exemplo, pode reduzir a meia-vida (tempo para inativar 50% do produto) e a vida útil dos bicos. Além disso, alguns herbicidas, como glyphosate e paraquat, são fortemente adsorvidos nas partículas de argila. Algumas regiões possuem águas com pH elevados (7 a 8), associados a altos teores de bicarbonatos, sulfatos, cloretos e nitratos de cálcio e magnésio.

A medida do pH define o grau de acidez ou alcalinidade de uma solução, em uma escala de 0 a 14, onde 7 significa neutralidade, isto é, mesma quantidade de hidrogênio e hidroxila. Alguns autores afirmam que os herbicidas do grupo químico das imidazolinonas, especialmente imazethapyr e imazapyr, têm sua absorção foliar aumentada quando o pH da água utilizada na preparação da calda está na faixa de 4 a 4,5. Isso também é observado para outros herbicidas, como o glyphosate.

Além do pH, a dureza (presença de CaCO-3) da água também pode afetar a estabilidade da calda e a eficiência dos herbicidas, pois, geralmente, águas captadas pelos agricultores em zonas rurais apresentam uma série de sais dissolvidos. Esses sais podem ser oriundos de constituintes naturais de rochas e do solo ou de corretivos e fertilizantes aplicados pelos próprios agricultores.

A qualidade química da água deve também ser analisada em função da quantidade de outros íons que nela estão dissolvidos e que não são constituintes da dureza. Os íons como Fe+3 e Al+3, por exemplo, podem reagir com o produto fitossanitário, reduzindo sua eficácia. Herbicidas como glyphosate, 2,4-D amina, paraquat, sethoxydim, clethodim, bentazon, chlorimuron-ethyl e imazethapyr podem ter sua eficiência afetada quando aplicados com águas duras e calda com pH alcalino.

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Com informações de Revista A Granja e Rehagro