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2017-09-21 - Análise de tecido foliar

Como ajudar os cafezais para retomada do ciclo vegetativo?

O momento é de preocupação no sul de Minas, uma das principais regiões produtoras de café arábica do país. Após a colheita realizada agora em Agosto, que naturalmente debilita o cafezal, a seca se intensificou aumentando os índices de desfolhamento e as previsões pluviométricas não são boas para a região. Veja o que pode ser feito para ajudar os cafezais na retomada do ciclo vegetativo e contribuir para a produção da próxima safra.

Esgotamento nutricional e bienalidade

Com a colheita do café, a planta apresenta-se totalmente “debilitada”, ou “esgotada”, no que se refere ao conteúdo e ao balanço entre os nutrientes. Verificamos isso quando acompanhamos uma lavoura de café no decurso de 12 meses na região de Monte Carmelo – MG, coletando mensalmente amostras de folhas para diagnose foliar e interpretando através do método DRIS. Junto com o produtor, este monitoramento nos permitiu reequilibrar o Índice de Balanço Nutricional (IBN) da lavoura com intervenções aplicando o elemento limitante da vez, e esta ação resultou na não ocorrência da bienalidade na produção do ano seguinte.

A “bienalidade do cafeeiro” parece ocorrer quando não se avalia o estado nutricional das plantas após a colheita e se deixa que elas se recuperem por conta própria. Dessa forma, deixando-se por conta da natureza, as plantas são obrigadas a se ajustar ao ambiente de produção que têm à disposição e o resultado é a tão conhecida queda de produção que ocorre após um ano produtivo e que limita grandemente a rentabilidade do cafeicultor.

A boa notícia é que a ajuda vem da tecnologia. E uma tecnologia que está disponível, validada e é simples de se conduzir. Veja a seguir um protocolo de conduta que preparamos para o manejo de cafezais após o período de repouso vegetativo, para prepará-los para o novo ciclo de produção.

“Primeiro cuidamos das plantas, para depois as plantas cuidarem da produção”

1º) Dividir a área em glebas com o mesmo padrão de solo, topografia, variedade, idade e manejo. Ou, se preferir, você pode adotar o SAI (Sistema de Amostragem Inteligente) da Laborsolo, que profissionaliza esse processo mapeando zonas de manejo e pontos inteligentes de amostragem.

2º) Coletar de 30 a 50 folhas correspondentes ao tecido índice para diagnose nutricional (3º e 4º pares de folha da ponta de ramos à meia altura e produtivos). Tradicionalmente isso é feito percorrendo em “zig-zag” as glebas do item anterior. Com o SAI, o tempo de coleta é otimizado, pois se amostra somente nos pontos inteligentes. Obs.: Amostrar somente sob condições térmico-hídricas favoráveis.

3º) Georreferenciar o local de coleta de cada planta. Hoje isso pode ser facilmente realizado com a ajuda de um GPS, ou, no caso do SAI, você não precisa se preocupar com isso, pois já faz parte do processo.

4º) Acondicionar cada amostra em embalagem de papel, fornecida pela Laborsolo, e enviar para análise o quanto antes, se possível no mesmo dia da coleta. Se for armazenar, mantenha as embalagens de papel abertas e na geladeira, evitando empilhá-las. Evite armazenar por mais do que 2 ou 3 dias. As amostras precisam chegar intactas ao laboratório, sem estarem secas nem com crescimento de fungos.

5º) A partir daí, é só aguardar de 3 a 5 dias até o resultado da análise ser disponibilizado no seu email e no seu smartphone (no aplicativo Laborsolo Connect), para que você possa diagnosticar o estado nutricional do seu cafezal e verificar se é necessário realizar alguma adubação ou suplementação.

6º) Este procedimento deve ser realizado mensalmente, iniciando-se após as primeiras chuvas de Setembro e Outubro (no caso de lavouras não irrigadas) e estendendo-se até Março ou Abril do ano seguinte.

Com as chuvas em atraso e a previsão de déficit hídrico para os próximos meses, acompanhar a evolução do IBN e fazer as intervenções corretas quando necessárias é a saída mais segura para garantir a produção e principalmente a rentabilidade no próximo ano.

Não deixe seu investimento fracassar, faça diagnóstico, monitore, e obtenha o máximo potencial da sua lavoura mantendo o custo sob controle.

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