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2014-11-13 - Análise de tecido foliar

Não se produz só com NPK: a importância dos demais nutrientes para a produtividade

O Rio de Janeiro foi sede do 16º Congresso Mundial de Fertilizante e um dos principais assuntos discutidos foi a utilização de macro e micronutrientes no processo de fertilização.

O Brasil se destaca mundialmente como consumidor da fórmula NPK (nitrogênio, fósforo e potássio), sendo o 4º maior consumidor destes macronutrientes, mas no evento, pesquisadores do mundo todo discutiram a importância e estudos que correlacionam outros nutrientes ao crescimento da produtividade.

O professor Ismail Cakmak, da Universidade Sabanci (Turquia), por exemplo, expôs sobre o cálcio, elemento fundamental para estabilização das paredes celulares, que se torna responsável, portanto, por fortalecer e nutrir as plantas. Ele explicou que os patógenos podem atravessar facilmente as paredes celulares quando há deficiência de cálcio, deixando as plantas muito mais suscetíveis a doenças e pragas. Ele destacou também que o cálcio contribui para a adaptação da planta a situações de estresse e altas temperaturas.

Responsável pelo transporte de carboidratos, sacaroses e outros nutrientes no interior da planta o magnésio também tem sido deixado de lado pelos produtores. A aplicação adequada de magnésio promove melhor nutrição da planta e fortalece os tecidos celulares, contribuindo com a produtividade e aumentando o número de sementes. Para o pesquisador Paulo César Teixeira, da Embrapa Solos, "O Brasil ainda negligencia o uso do magnésio, mas é um elemento fundamental para complementar a fertilização de certas culturas como o milho, pois influencia diretamente na formação dos grãos".

O professor Godofredo Vitti, da ESALQ, ressalta a importância do enxofre. Suas pesquisas apontaram aumento na produtividade de café no Cerrado com o uso de fertilizantes a base de enxofre. O uso deste elemento aumenta a área foliar e a resistência a fatores abióticos adversos. Segundo os pesquisadores este fertilizante tende a ter o custo reduzido nos próximos anos com a pressão internacional para remoção de enxofre dos combustíveis fósseis, aumentando a oferta e reduzindo os preços.

Já o professor Lawrence Datnoff, da Universidade de Lousiana (EUA), falou sobre o uso do silício, um dos elementos mais abundantes do mundo, que ainda é pouco utilizado na suplementação de nutrientes em plantações. Segundo ele países como Japão, Coreia e Estados Unidos vêm atestando a eficácia do seu uso. "O silício tem sido muito importante para a fertilização do arroz, pois afeta diretamente no tamanho do grão. Também minimiza a infecção da planta e o crescimento de patógenos, com um resultado melhor que os fungicidas tradicionais".

Vale ressaltar que todos os elementos citados pelos especialistas podem ser medidos e avaliados através da análise de tecido foliar oferecido pela Laborsolo.

Com informações do 16º Congresso Mundial de Fertilizantes.