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2017-04-05 - Análise química de solo

Estimativa aponta que excesso de adubo fosfatado chega a 300kg/hectare: veja como reduzir o custo!

Em levantamento realizada pela Embrapa Cerrados foi constatado dois pontos importantes com relação a adubação fosfatada:

  1. Estima-se que os agricultores estejam depositando nos solos brasileiros cultivados com grãos 300 quilos de fósforo por hectare em excesso, o equivalente a 54 bilhões de reais acima daquilo que é recomendado para correção do solo, já que ele representa algo em torno de 20% do custeio.
  2. A eficiência dos adubos fosfatados, nas 18 principais culturas agrícolas, tem sido de apenas 52%

Agora você deve estar se perguntado: e como faço para reduzir os custos com adubação fosfatada?

A resposta é simples: planejamento, análise e manejo adequado!

O primeiro passo é verificar a acidez do solo e a disponibilidade orgânica (e residual) de fósforo.

A eficiência da adubação fosfatada é diretamente impactada pela acidez do solo, já falamos sobre isso neste outro artigo que trata daeficiência do NPK, por isso é fundamental fazer uma amostragem do solo mais cuidadosa, o que incluir avaliar o perfil do solo além do 0-15cm ou 0-20cm.

Neste momento já é possível solicitar, além da análise química básica que já via identificar a presença de fósforo no solo, a análise de Fósforo Remanescente ou P-Rem, que vai estimar o nível crítico do P-disponível e a declividade do P-disponível em função do P adiciona ao solo. Você pode ler mais sobre o P-rem neste outro artigo, vou ver ainda este infográfico.

Feito isso passamos ao segundo passo: manejo!

É preciso planejar o manejo associando técnicas como rotação de cultura, plantas de cobertura, plantio direto, sistemas de integração, assim será possível garantir a qualidade química e física do solo. É preciso verificar periodicamente, além da química, a parte física do solo.

A construção de um perfil do solo adequada ao cultivo envolve as condições químicas de fertilidade (pH e disponibilidade de nutrientes), mas também as questões físicas, que permitam o crescimento radicular da planta, afinal, a absorção da adubação fosfatada se dará pelas raízes.

De posse dos dados de análise química, análise física e fósforo remanescente, o engenheiro agrônomo poderá recomendar a adubação fosfatada adequada, caso seja necessário!

Com dados analíticos não é preciso ‘aplicar para garantir’, você poderá aplicar o que for preciso! Sem excessos! Economizando muito na compra destes adubos que chegam a custar 30 vezes mais caro que o calcário (que afeta toda adubação)!

Melhore a eficiência da sua adubação. Invista no planejamento, análise e manejo da fertilidade do solo!