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2017-02-02 - Análise química de solo, Análise de tecido foliar

Manejo Nutricional foi destaque na abertura da colheita de soja em MS

Durante a Abertura Nacional da Colheita da Soja – Safra 2016/2017, realizada na Fazenda Jotabasso em Ponta Porã, o Engenheiro Agrônomo e Mestre em Ciência do Solo, João Eduardo Simões Maçãs, palestrou sobre o tema “Manejo Nutricional para a expressão do máximo potencial produtivo da soja”. Segundo ele, do resultado da produtividade, 50% é referente à nutrição das plantas. “Existem outros fatores, como clima, questões físicas do solo e genética, mas a metade da produtividade vem da nutrição, por isso é necessário, por exemplo, que o produtor faça a análise de solo, coletando amostra de 20 a 40 centímetros para verificar o nível de nutrientes”.

João Eduardo lembra que muitas vezes o produtor, por desconhecimento, não dá a devida importância à nutrição: “Quando o produtor economiza na adubação, por exemplo, e investe mais do que deveria nos defensivos, que também são de extrema importância, é como se estivesse diminuindo o alimento, para então comprar o remédio, não tem como a produtividade aumentar dessa maneira.”

Em entrevista ao Canal Rural ele ressalta ainda que para o Manejo Nutricional não é preciso que o produtor invista em agricultura de precisão, é preciso apenas que ele siga os passos básicos: análise de solo, histórico de glebas e análise de folhas.

O produtor não precisa colocar mais ou menos fertilizantes para aumentar a sua produtividade, ele precisa sim é conhecer o estoque de nutrientes no solo que ele irá cultivar a soja.

Colocar a quantidade certa de nutrientes, nem mais nem menos, isso maximiza o potencial genético da planta e racionaliza os recursos utilizados, e a quantidade certa não requer técnicas de agricultura de precisão, requer apenas que a agricultura seja precisa, utilizando o básico: o que foi feito naquela área, a análise de solo, a análise de folha, ações que são muito baratas, e que podem garantir pelo menos 20% mais produtividade logo de início.

Ele explicou em sua palestra que para que uma planta obtenha o máximo do seu potencial produtivo são necessários vários fatores como: genética, época correta de cultivo, manejo, nutrição e clima. Disse que o fertilizante é o alimento das plantas, mas que a partir de determinada quantidade aplicada, quando o vegetal já não tem mais condições de absorvê-lo, em vez de aumentar a produtividade, pode provocar o efeito inverso, causando retração.