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2015-04-14 - Análise química de solo, Análise física do solo

Vamos falar sobre o solo?

O IASS (Instituto de Estudos Avançados de Sustentabilidade) lançou em 2012, durante a Global Soil Week uma animação que recentemente foi traduzida para o português. Ela está sendo utilizada para divulgar a Global Soil Week 2015, que acontece de 19 a 23 de Abril em Berlim.

A animação VAMOS FALAR SOBRE SOLOS enfatiza a dependência da humanidade dos solos e descreve como o desenvolvimento sustentável é ameaçado por certas tendências de como os solos são manejados e como a terra é governada. O filme oferece opções para transformar a nossa gestão dos solos rumo à sustentabilidade. VAMOS FALAR SOBRE SOLOS foi produzido pelo desenhista de animações Uli Henrik Streckenbach para a primeira Semana Global de Solos 2012.

Vale a pena lembrar que além de 2015 ser o Ano Internacional dos Solos, 15 de Abril é o Dia Nacional da Conservação dos Solos. Você já parou para pensar na importância dele?

"Não o enxergarmos, andamos por cima dele, pisamos, todos os dias, mas na verdade nós precisamos dele, como o ar que respiramos.

Já chegou a hora de conversarmos sobre o solo e já é hora de proteger o solo.

Sem ele não há vida, ele nos alimenta e nós somos responsáveis pelo que ocorre com ele.

O solo é formado pela lenta decomposição das rochas através do solo, dos ventos, da chuva, animais e plantas, são necessários dois mil anos para criar apenas dez centímetros de solo fértil, apenas 10 centímetros em 2 milênios, solo que nós desgastamos em poucos anos e que é irrecuperável.

As florestas e as plantas protegem o solo, mas a cada ano 13 milhões de hectares de florestas são desmatadas e se faz uma exploração inadequada da terra, ademais vemos a expansão dos monocultivos e da agricultura em terrenos inclinados. Depois da colheita terrenos são deixados sem proteção ou cobertura e isso acelera enormemente a erosão e, assim, levado pelo vento e pela chuva, perdemos 24 milhões de toneladas de solo fértil apenas no ano de 2011, o que equivale a uma perda de 3,4 toneladas por cada habitante do planeta, incluindo as crianças e os idosos.

Hoje, danos relacionados à erosão dos solos custam 70 dólares por ano, para cada um de nós, o custo de 490 bilhões de dólares em todo o mundo, uma cifra inimaginável.

Nossas cidades também crescem rapidamente. Na Europa cada ano se transforma em um espaço urbano uma superfície do tamanho de Berlim, metade destes solos são selados, um solo onde nada mais poderá crescer.

Mas solo férteis são finitos e, portanto, tem um valor incalculável. Investidores e governos já perceberam isso. Uma corrida para os solos ao redor do mundo já começou. Apropriação de terras frequentemente com meios e propósitos questionáveis. Milhões de hectares de terra mudam a cada ano de dono com o preço de deixar muitas pessoas sem sustento e famílias desamparadas, muitos destes são os mais pobres dos pobres e, como não possuem alternativas, acabam por desmatar a floresta porque precisam de terra para sobreviver.

Mais do que nunca precisamos de solos férteis e saudáveis. De acordo com projeções, a superfície agrícola disponível por habitante/ano se reduzirá pela metade até 2050, mas neste momento um bilhão de pessoas irão para a cama com fome todas as noites, um bilião de pessoas já é um número absurdo, serão cada dia mais se nós não distribuímos o solo de maneira justa ou se não aumentarmos dramaticamente a produtividade sobre cada pedaço de superfície agrícola ou se não descobrirmos um segundo planeta, mas talvez não seria prudente confiar nesta última opção.

A problemática do solo e da terra é um assunto que praticamente não prestamos atenção, tão pouco os nossos políticos, nós vemos as prateleiras dos supermercados cheias, acreditando que ficarão assim para sempre. Mas a verdade é que estamos vivendo um empréstimo a custo do solo e o solo é finito. Estamos tirando dinheiro de uma conta a qual nunca fazemos nenhum depósito. Um dia essa conta ficará vazia terminaremos no vermelho, e sem solo.

Mas a boa notícia é que sabemos o que fazer, para que nossos filhos tenham um solo no dia de amanhã. Temos sempre que lembrar que o solo é um ser sensível que necessita de cuidados não é uma fábrica.

O solo é um direito de todas as pessoas e este direito precisa ser garantido por leis. Nós não podemos nos permitir enterrar debaixo do asfalto nossa fonte de subsistência a solução está em nossas mãos precisamos abrir os olhos e encontrar formas práticas de aplicar nossos conhecimentos para que um dia não percamos o chão debaixo de nossos pés."

Veja a animação: