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2014-09-11 - Mercado Agrícola

Identificadas sete novas espécies de bactérias promotoras de crescimento

A equipe de pesquisadores da Embrapa descreveu sete novas espécies de bactérias (Rhizobium e Bradyrhizobium) que trazem benefícios às culturas da soja, do feijoeiro, do feijão-caupi e da leucena.

As bactérias, além da importância agronômica, tem também importância ambiental e econômica. A principal característica destas bactérias é o fato de serem capazes de captar o nitrogênio (N2) presente no ar e transformá-lo em uma forma de nitrogênio assimilável pelas plantas, reduzindo e até mesmo dispensando a necessidade de adubação nitrogenada. Esse processo é chamado de fixação biológica de nitrogênio, considerado o mais importante processo biológico do planeta, depois da fotossíntese.

Segundo a pesquisadora Mariangela Hungria, os benefícios econômicos da utilização destas bactérias às culturas de soja e feijão pode chegar a casa de 18 bilhões de dólares anuais, valor que deixaria de ser gasto com fertilizantes nitrogenados nestas culturas, sem contar a mitigação de gases do efeito estufa.

As bactérias descritas são:
  • Rhizobium leucaenae, que fixa nitrogênio com o feijoeiro e leucena, explicando o nome leucaenae;
  • Rhizobium freirei, que também fixa nitrogênio com o feijoeiro. O nome foi dado em homenagem a um grande pesquisador brasileiro que trabalhava com FBN, prof. João Ruy Jardim Freire;
  • Rhizobium paranaense, também simbionte do feijoeiro e nome dado em homenagem ao Paraná;
  • Bradyrhizobium diazoefficiens, que nodula a soja de modo muito eficiente;
  • Bradyrhizobium manausense isolada de feijão-caupi e o nome se refere ao fato de que foi isolada na Amazônia, em Manaus;
  • Microvirga vignae isolada de feijão-caupi na região do semiárido brasileiro;
  • Bradyrhizobium ingae, que nodula ingá (Inga laurina), uma árvore conhecida pelos frutos doces e com potencial para reflorestamento e foi isolada em Roraima.

Fonte: Embrapa Soja