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2015-08-24 - Mercado Agrícola

Mapa irá priorizar registro de agroquímicos que controlem as 8 principais pragas de maior risco fitossanitário e econômico.

O Departamento de Sanidade Vegetal do Ministério da Agricultura (MAPA) publicou nesta segunda-feira (24/08/2015) portaria que define as oito pragas consideradas de maior risco fitossanitário e importância econômica que terão priorização de registros de produtos para controle.

As empresas que possuem produtos aguardando registro devem fazer a solicitação de prioridade ao MAPA conforme estabelece a portaria.

Aos agricultores vale ressaltar que essas 8 pragas atingem as culturas de Soja, Algodão, Milho, Feijão, Café, Tomate, Melão e no caso do Mofo Branco mais de 400 outras culturas que são atingidas pelo Sclerotinia sclerotiorum.

Também é considerada prioridade as indicações de registro para suporte fitossanitário para o grupo das frutas com casca não comestível (Grupo 1) da Instrução Normativa Conjunta nº 01/2014, que inclui: Abacate, abacaxi, anonáceas, cacau, citros, cupuaçu, guaraná, kiwi, mamão, maracujá, melancia, melão, romã, dendê, pupunha, açaí. castanha do pará, macadâmia, pinhão e coco.

Confira a seguir a relação de pragas que serão priorizadas e as principais culturas afetadas:

Praga Cultura Característica
Ferrugem da soja (Phakopsora pachyrhizie Soja Também conhecida como ferrugem asiática leva a perda de produtividade pela desfolha precoce da planta.
Mofo Branco (Sclerotinia sclerotiorum) Soja, Feijão e Algodão (e outras 400 espécies) Após infectar os tecidos com uma efloresência branca, transforma-se em uma massa escura e rígida.
Helicoverpa armigera Milho, Soja e Algodão Alto poder destrutivo. Ataca desde a estrutura reprodutiva até as flores de diferentes culturas.
Mosca Branca (Bemisia tabaci) Feijão, Soja, Tomate e Melão No curto prazo causa redução acentuada da produtividade, no longo prazo compromete de forma irreversível a sustentabilidade de muitos sistemas agrícolas do país. Leva a anomalias ou desordem fitotóxicas, causando amarelecimento de folhas, ramos e frutos pela injeção de toxinas durante a alimentação do inseto.
Nematoides (Meloidogyne javanica, Meloidogyne incognita, Heterodera glycines e Pratylenchus brachyurus) Soja Os sintomas na parte aérea das plantas podem ser facilmente confundidos com outras causas, como deficiência de nutrientes, ataque de pragas e doenças, estiagem ou compactação de solo. As perdas variam de 5 a 35%.
Broca do café (Hypothenemus hampei) Café Encontrada em todas as regiões produtoras, ataca os frutos em qualquer estágio de maturação, inclusive no grão já seco. Prejuízos podem passar de 21%.
Ervas daninhas resistentes (Conyza bonariensis e Digitaria insularis) Soja, Algodão e Feijão Elas crescem continuamente e competem com as plantas da lavoura por luz, água e nutrientes, reduzindo as safras e a qualidade. As ervas daninhas também podem servir de habitat para pragas e doenças, de onde estas podem atacar a lavoura.
Bicudo do algodoeiro (Antonomus grandis) Algodão Os prejuízos resultam dos custos para o combate ao bicudo e dos danos causados às estruturas reprodutivas do algodoeiro e ao produto final, reduzindo diretamente a produção. Calcula-se que as perdas podem chegar a US$ 300 por hectare.