Labor news

2014-07-29 - Mercado Agrícola

O Agronegócio precisa mudar a sua imagem

O jornalista Marco Prates, em artigo para o portal da revista Exame, aborda um tema muito pertinente: a visão que a opinião pública tem do agronegócio.

A importância do tema diz respeito a desinformação e o senso comum que permeia a opinião pública que cada vez está mais distante da produção de alimentos.

A maioria da população e a opinião pública acreditam que o agronegócio desmata, usa agrotóxicos que fazem mal a saúde e que intensificam essas práticas em busca do aumento da produção e de sua lucratividade, mostrando o desconhecimento das práticas realizadas pelo setor.

A tecnologia está permitindo que se aumente a produtividade sem que sejam necessárias novas áreas cultiváveis.

Segundo dados apresentados na reportagem, a perspectiva é que se chegue a uma safra de 248 milhões de toneladas de grãos em 2024, contra os 191 milhões previstos para 2014. Um acrescimento de quase 30% com o aumento da área cultivável prevista em no máximo 17%.

“O que temos visto é que a expansão será em áreas de pastagens. Há hoje uma pressão grande sobre a utilização de novas áreas, que faz com que a produtividade é que tenha que aumentar”, afirma o coordenador geral de planejamento estratégico do Ministério da Agricultura, José Garcia Gasques.

Especialistas apontam que aumentar a área cultivável é mais caro do que aumentar a produtividade via manejo e tecnologia, sem contar com a recuperação das Áreas de Preservação Permanente (APP) e com as práticas do Programa ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono), que prevê recuperação de áreas degradadas, integração lavoura, pecuária, florestas, entre outras medidas.

Segundo o biólogo Fernando Reinach abrir mão de produzir alimentos em escala com a intenção de preservar 100% dos ecossistemas seria voltar a ser coletor, ou seja, apenas reconhecer o que está na natureza, como na época em que o ser humano gastava 9 horas por dia apenas para garantir sua alimentação.