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2016-04-07 - Mercado Agrícola, Gestão e planejamento agrícola

Regularização do CAR pode gerar atividade econômica secundária

Faltando menos de um mês para o prazo final da regularização do Cadastro Ambiental Rural, muitos produtores estão buscando alternativas para a recomposição florestal. Como o plantio de árvores, em alguns casos, se torna obrigatório, o INPUT Brasil (Iniciativa Para o Uso da Terra), um projeto do Climate Policy Initiative e Agroicone, divulgou um Guia de Árvores com Valor Econômico, são 109 árvores nativas do Cerrado e da Mata Atlântica.

Essas espécies possuem algum tipo de valor econômico futuro, o que pode transformar essas áreas em florestas produtivas, garantindo uma segunda fonte de renda aos produtores, esses produtos incluem madeiras, frutas, óleos e sementes que estão no mercado e constituem matéria-prima das indústrias madeireira, farmacêutica e cosmética.

A escolha das espécies vai depender de diversos fatores: solo, clima, mercado regional e exigência legal. O Código Florestal, Lei 12.651/2012, define a porção de florestas que cada propriedade rural deve conter, em duas categorias: a Área de Preservação Permanente (APP), onde não é permitido o corte de madeira; e a Reserva LegaL (RL), onde é permitido o manejo sustentado da madeira. O tamanho da área que essas florestas devem ocupar em cada propriedade varia dependendo do bioma, da largura de rio e do tamanho da propriedade rural.

O Guia de Árvores com Valor Econômico traz muita informação sobre as 109 árvores nativas que podem ser plantadas para aproveitamento econômico, no Cerrado e na Mata Atlântica, apresentando seus índices de crescimento, períodos de corte, características da madeira para lenha, carvão, cercas, serraria, carpintaria, marcenaria, tempo para colheita de frutos e ainda outros usos econômicos. São descritos também os locais onde as espécies crescem naturalmente: as condições de umidade, temperatura, altitude, solo, etc.

Confira na tabela abaixo as 109 espécies de acordo com o seu ciclo, você pode fazer o download do Guia clicando aqui.

Ciclo Curto Ciclo Médio Ciclo Longo
Angico-cascudo-do-cerrado Açoita-cavalo Abiu, Guapeva
Angico-do-morro Açoita-cavalo-do-cerrado Alecrim-de-campinas
Aroeira-pimenteira Aldrago Amburana, Cerejeira-rajada
Barbatimão Amendoim-bravo Amendoim-do-campo, Canzileiro
Baru Amoreira-branca, Taiúva Angelim-de-saia, Visgueiro,
Boleira Araribá Faveiro-de-bolota
Bracatinga Araticum-cagão Angelim-doce
Cacau Araucária, Pinheiro-do-paraná Biriba
Cambará Aroeira-verdadeira Braúna
Cambuci Bordão-de-velho, Sete-cascas Cabreúva
Candeia Breu-branco, Amescla Cabreúva-verdadeira, Bálsamo
Carvoeiro, Tachi-do-cerrado Cajázinha, Taperebá Camboatá, Cuvantã
Crindiúva, Periquiteira, Pau-pólvora Canafístula Canjerana
Jabuticabeira Canelinha Carvalho-brasileiro
Jacatirão-açu Capixingui Caviúna-do-cerrado
Jaracatiá Chichá-do-cerrado Caviúna, Jacarandá-paulista
Lobeira, Fruta-de-lobo Dedaleiro, Pacari Cedro
Mamoninha-da-mata Farinha-seca Cega-machado
Manduirana, Fedegoso Fava-d’anta, Faveira Chico-pires, Angico-rajado
Mangaba Guabiroba Copaíba
Marupá Guaçatonga Freijó
Mata-cachorro Guapuruvu, Pinho-cuiabano Garapa
Monjoleiro Gurucaia, Angico-vermelho Gonçalo-alves
Mutamba Ingá-macaco Guajuvira
Palmito-juçara Ipê-tabaco Guanandi
Pau-jacaré Jacarandá-roxo, Sapuvinha Guaritá
Pequi Louro-pardo Imbuia
Pitanga Mandiocão, Morototó Ipê-amarelo
Sabiá, Sansão-do-campo Pau-bosta, Tatarema Ipê-amarelo-da-mata
Suinã Sobrasil Ipê-caraíba
Sucupira-preta Ipê-rosa
Tamboril Ipê-roxo
Timbaúva Jacarandá-da-bahia
Tingui-preto Jatobá
Jequitibá-rosa
Olho-de-cabra
Pau-andrade, Maçaranduba
Pau-brasil
Pau-ferro, Jucá
Pau-marfim
Pau-rainha, Falso-pau-brasil, Conduru
Peroba-rosa
Sapucaia
Sucupira-branca
Timbó, Tingui
Vinhático
Fonte: Campos Filho, Eduardo Malta. Guia de árvores com valor econômico / Eduardo Malta Campos Filho, Paolo Alessandro Rodrigues Sartorelli. - São Paulo : Agroicone, 2015. “Iniciativa INPUT.