Labor news

2016-09-15 - Mercado Agrícola

Vazio sanitário da soja chega ao fim. Mas ainda é preciso cautela, segundo Aprosoja

Hoje, 15 de setembro, acaba o vazio sanitário da soja em 7 estados. O número de autuações este ano foi menor que nos anos anteriores, o que garante maior segurança no controle da ferrugem asiática.

A Aprosoja-MT, por outro lado, diz que o plantio no estado ainda deve demorar algumas semanas para começar. As condições meteorológicas indicam que as chuvas só chegarão ao Mato Grosso, maior produtor do país, em outubro. Algumas regiões no sul do país já começaram o plantio no começo do mês, pautado em uma medida cautelar que permitia a semeadura antecipada, pois as plantas só sairiam para a superfície após o dia 15/09, aproveitando algumas chuvas que estavam ocorrendo na região.

As preocupações da Aprosoja neste começo da safra 2016/2017 são muitas, além da falta de chuvas, ainda não se tem previsão concreta da disponibilidade de sementes se for necessário replantio como no ano passado. Por isso o alerta da entidade é para que os produtores aguardem um pouco mais, até que o solo tenha umidade suficiente para iniciar o plantio. Outra preocupação da entidade é com os custos de produção e o preço do grão.

O IMEA divulgou boletim informando que o preço médio proposto em agosto para os contratos futuros de soja de Mato Grosso da safra 2016/17, de R$ 59,33/por saca, pode não ser suficiente para cobrir os custos de produção da oleaginosa no ciclo. Segundo a entidade, o valor do mês passado ficou abaixo dos custos de produção de soja no Estado, tomando como base a expectativa atual do Imea para a produtividade da temporada 2016/17, de 53,1 sacas por hectare, e o consequente custo total projetado em função daquele rendimento, de R$ 60,50/saca.

"Com o custo de produção praticamente fechado, para o produtor obter margens positivas com os preços atuais em MT para 2017 seria necessária uma produtividade mínima de 55 sacas por hectare, média jamais vista no Estado", alertou o instituto no documento. O Imea orientou ainda os produtores a ficarem atentos a novos ralis de alta, a fim de evitar possível cenário negativo em 2017.