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2016-10-06 - Análise química de solo, Análise física do solo

Espírito Santo sofre com degradação e infertilidade do solo

O Espírito Santo é um dos principais produtores de café do país, entre as 20 maiores cidades produtoras (segundo levantamento do MAPA/IBGE) 9 ficam no estado capixaba (Jaguaré (3ª colocada), Vila Valério (6ª), Sooretama (11ª), Nova Venécia (14ª), Linhares (15ª), São Mateus (16ª), Rio Bananal (17ª), Brejetuba (18ª) e Pinheiros (19ª)) e o plantio e manejo do solo adotado ao longo dos anos tem transformado grandes áreas produtivas em solos inférteis.

Um estudo do Centro de Desenvolvimento do Agronegócio (Cedagro) aponta que o estado tem 393 mil hectares de solo degradado, o que equivale a 16,65% da área agrícola total. Ou seja, a cada seis hectares cultivados um deles está infértil.

A degradação do solo nas áreas agrícolas concentra-se em maior parte nas atividades de pastagens e de café, especialmente na região Noroeste, devido à fragilidade dos solos, elevada erosividade das chuvas e pouca cobertura vegetal. Do total da área degradada, 238 mil hectares correspondem a áreas cultivadas com pastagens e 118 mil hectares com café.

Segundo o órgão, a ocupação do solo para o desenvolvimento de atividades agrícolas ocorreu, historicamente, de forma predatória em relação aos recursos naturais, com desmatamento indiscriminado, sem o planejamento correto do uso das terras e sem a utilização de práticas de conservação adequadas.

Esses fatores têm trazido uma série de consequências econômicas, sociais e ambientais ao produtor rural, ao setor público e a toda sociedade capixaba.

Entre elas, a redução da capacidade produtiva do solo, assoreamento de cursos d'água, irregularidade no fluxo dos rios e córregos e períodos de seca e enchentes com maior frequência, além de poluição física da água, destruição de estradas e outros bens públicos.

Nas lavouras de café, os principais problemas acontecem devido à erosão causada por práticas como excesso de capinas, plantios antigos com baixa densidade e pouco uso de práticas de conservação eficientes.

Nas áreas de pastagens, a degradação ocorre principalmente em função da compactação do solo provocada pela implantação incorreta da pastagem, pela ausência de correção do solo e do manejo inadequado no que diz respeito à alta taxa de lotação, com excessivo pastejo e pisoteio pelo gado.

Na avaliação de Mauro Rossoni Júnior, diretor técnico do Incaper, o momento de seca extrema atual deve ser pensado como oportunidade para construir uma nova proposta de conservação do solo no estado.

Daí a importância de realizar não só a Análise Química do Solo, mas também a Análise Física, buscando identificar indícios de compactação, realizando corretamente a correção do solo para manter a sua fertilidade. Lembrando sempre que o custo de recuperação é muito superior ao custo de manutenção!

Com informações de Portal G1 - Foto: Marcelo Prest - 17/02/2016/ Arquivo A Gazeta